quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Açude Insuflável em Águeda


A construção do açude tem como principal objectivo criar um espelho de água no rio que atravessa a cidade de Águeda. Com este espelho de água a cidade vai recuperar o rio que estava um pouco esquecido, apenas se lembravam que tinham rio quando entra a época das chuvas e famosas "cheias", promovendo a prática de desportos aquáticos, actividades de lazer e consequentemente promover Águeda no sector turístico. De acordo com o projecto, a localização da estrutura será nas proximidades do edifício da antiga Junta Nacional do Vinho, em Paredes.



O açude de uma forma simples é uma manga de borracha espessa e cablada internamente que cheia de ar ficará ancorada ao fundo do rio através de uma base em betão. Claro que a pressão de manga de ar é controlável de acordo com as condições do rio. O enchimento da manga de borracha é feita com um compressor e o esvaziamento é feito por uma electroválvula.


Atenção, quando se diz que a manga de ar fica ancorada a uma base de betão isto não quer dizer que, no local da instalação do sistema apenas se apoia a base de betão no fundo do rio e já está. Não, é necessário uma boa fundação para apoiar essa base de betão, e uma boa fundção será uma infra-estrutura de estacas pois em período de cheias a base de betão poderia ser removida.

Este sistema já tem resultados comprovados em países como Japão e Estados Unidos da América, mas recentemente esta tecnologia já foi instalada no nosso país. No rio Lis, concelho de Leiria, e em Abrantes no rio Tejo. No caso particular do rio Lis, o açude tem como principal função permitir a derivação da água para canais de rega, ou seja, este sistema de açude pode ser utilizado para várias funções. Outra das mais valias é o seu baixo preço quando comparado com outras soluções, e dos objectivos estéticos, servirá também para evitar a falência das actuais captações de água. A estrutura apresenta ainda como vantagens a regulação do caudal do rio, o reduzido impacto na ecologia do rio, permite a livre circulação de espécies piscícolas, a alta resistência aos impactos naturais e humanos, a ausência de obstáculos permanentes no rio, bem como uma baixa manutenção de toda a estrutura.
Nuno Amaral

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